sexta-feira, 3 de julho de 2009

§*BONDAGE*§

ORIGEM A história do Shibari começa com ilustrações da arte conhecida como Hojojutsu.
Esta arte marcial era praticada por Samurais.
Para entendermos melhor, devemos ir para a época mais obscura do Japão medieval, onde essas artes eram praticadas nos campos de guerra.
Essa prática se resumia em capturar e deter o inimigo o mais rápido possível, usando as cordas.
No estudo dessa arte, os Samurais se especializavam em métodos de tortura extremamente cruéis.
Em meados do século XVII, Tokugawa Ieyasu (1542-1616) era o governante, um dos mais inteligentes partidários de Nobunaga.

Tornou-se o homem mais poderoso do Japão, quebrando suas próprias promessas, virou-se contra o herdeiro de Hideyoshi,o jovem Hideyori, para tornar-se o centro do poder do país.
Durante o governo de Tokugawa, existiam quatro formas de tortura muito comuns: chicotadas, pressão em partes do corpo do prisioneiro com rochas pesadas, restrição de movimentos e suspensão por cordas.
As cordas eram utilizadas para causar má circulação, imobilização e posições humilhantes para os prisioneiros. As punições eram físicas e psicológicas também.
Dentro desta técnica, eram usados diferentes tipos e cores de corda, que eram usadas pra identificar o tipo de crime que o prisioneiro cometeu e a que classe social pertencia. As últimas imagens descritivas das antigas técnicas do Hobaku-Jutsu foram encontradas no Castelo Matsumoto, onde as cruéis e violentas técnicas começaram a ser aplicadas eventualmente para propósitos estéticos e sexuais.
No fim do período Edo, surgiu a primeira ilustração onde o Hobaku-Jutsu era usado para fins sexuais. Foi uma época em que o Japão começou a abrir as portas para o mundo, e os conceitos do ocidente alcançaram a nação.
Daquela época em diante, estes métodos de tortura continuam sendo usados para causar prazer, beleza e sensualidade. A corda era um símbolo de poder e controle sobre as mulheres, dentro das fantasias sexuais.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os japoneses tiveram estreitos contatos com os alemães, aprenderam vários conceitos sobre o sadomasoquismo do ocidente e o legado do Marquês de Sade.
Tudo isso foi acrescentado às suas antigas técnicas de tortura, e o conceito de estética, beleza e sensualidade da arte, que hoje conhecemos como Shibari, havia começado.
Em 1960, a popularidade do Shibari cresceu, a ponto de serem criadas sessões especiais em teatros. Em Tokyo, as pessoas compravam ingressos para assistir um Mestre amarrar sua dorei (escrava).

O Mestre podia até escolher uma garota da platéia, despí-la, amarrá-la, suspendê-la e torturá-la sexualmente, na frente dos espectadores.
Até os dias de hoje é uma arte apreciada por muitos, e uma das mais belas do cenário BDSM.
O shibari é uma técnica complexa, porém possui um ponto de partida básico.

A amarração básica lembra uma “lingerie”, e se resume em três partes: Shinju, Sakuranbo e Karada.

Shinju

O Shinju (pronuncia-se “Chin djú”) é a amarração que envolve os seios, tornando-os mais sensíveis para a estimulação erótica.
As cordas são passadas em volta do peito, e depois por cima dos ombros, apertando os seios para cima.
Ele pode exercer quatro funções principais:- a corda funciona como um sutiã, suspendendo os seios de maneira muito confortável;- os seios e os mamilos ficam muito mais sensíveis ao toque;- proporciona um sentimento de segurança, submissão e conforto;- as cordas que pressionam entre os seios, sobre eles e a coluna, funcionam como uma massagem erótica, relaxante e extremamente excitante.

sakuranbo

O Sakuranbo (pronuncia-se “Sakurambô”) é a amarração que envolve a parte genital, altamente estimulante. As cordas passam em volta do quadril e depois pelo meio da vagina e nádegas.
É feito também um pequeno nó que pressiona o clitóris.
Ele pode exercer duas funções principais:- massageia diretamente a zona erógena (provocando extrema excitação) e a parte inferior da coluna;- proporciona sentimento de segurança e conforto.
Esta amarração pode ser usada até por baixo da roupa, por um longo período.
Tente ir ao Shopping, a um jantar ou assistir a um filme.
A amarração fará um ótimo trabalho, e muitas coisas maravilhosas podem acontecer quando você chegar em casa.

karada

O Karada (pronuncia-se “Karadá”) é a amarração que envolve o corpo, como se fosse um espartilho. As cordas envolvem o corpo, exercendo pressão em vários pontos estimulantes.
Nesse tipo de amarração pode-se usar a criatividade, pois além de envolver o corpo, é possível criar algemas de braço, mãos e pernas; e ainda: vendas e mordaças - tudo feito com as cordas.
Ainda que existam outras amarrações um pouco mais complexas dentro do Shibari, se você aprender essas amarrações citadas acima, com certeza fará um ótimo trabalho!

Cuidados

Para se praticar bondage primeiramente, deve-se ter em mente três aspectos:
Circulação

Nervos

Respiração

Estes três itens são de extrema importância e não dependem só do Top.
O bottom tem o obrigação de informar a sua situação.
Quando amarrado com força, a corda pode comprimir algum nervo e causar dormência.
Muitos bottons não informam a sua real situação para não parar a cena, e isso vai contra o SSC.
Durante uma cena, um bottom entra em uma estado mental profundo, concentrado. O que muitas vezes faz com que não perceba a dormência logo de cara.
Deve-se verificar constantemente a condição de seu bottom.
A má circulação em curtos períodos de tempos não faz mal a saúde. Porém em longos períodos isso passa a ser um problema. Sinais de má circulação são partes afetadas começam a ficar frias e azuladas.
Deve-se aliviar ou mudar a posição o mais rápido possível.

Respiração pode ser afetada se houver amarras fortes no peito, principalmente pelo fato de quando as pessoas ficam excitadas, passam a respirar mais rápido.
Poucas pessoas sabem, mas pessoas claustrofóbicas podem ter problemas no Bondage.
Muitas delas acham que gostam de bondage até sentirem de verdade e uma crise surgir.
O dom deve ter tesouras de segurança em mãos caso um pânico ocorra.

Outra preocupação que se deve ter é a temperatura do ambiente.
Tenha em mente que uma seção de bondage por mumificação de PVC pode aumentar a temperatura corporal da pessoa, fazendo-a suar e podendo levar a desidratação.
Lembre-se que quando você pratica Bondage em alguém, você fica responsável por ela.
A segurança física e mental dela está sob sua responsabilidade. Confiança é fundamental para este tipo de prática. Lembre-se que confiança deve ser conquistada, e não esperada.
http://gasmask.wordpress.com/2007/12/29/cuidados-no-bondage/

10 dicas

1 – Ata-me
Na hora de amarrar o parceiro, é bom lembrar que a corda vai estar em contato direto – e atritivo – com a pele.
Por isso, evite cordas de materiais muito ásperos. E não devem ser muito finas também, pois as finas prendem a circulação e machucam a pele.

2 – Vários tamanhos
Tenha vários tamanhos de corda, que você mesmo pode cortar.
Assim, pedaços mais curtos servem para amarrar mãos e pés e os mais longos para amarrar, por exemplo, a pessoa junto a uma pilastra

3 – Outros materiais
Quem não tem corda, pode usar plásticos. São interessantes para amarrar e também “embalar” . O cuidado deve ser com o tempo de uso, pois pode aquecer bastante o corpo da pessoa, então é bom controlar isso
4 – Sem lenço e sem documento
Evite usar materiais como lenços para amarrar. Especialmente se forem lenços de nylon.

5 – Tesouras
Mantenha tesouras próximas. Não para matar o parceiro, lógico, mas para cortar rapidamente a corda ou o plástico que estiver amarrando o escravo, em caso de urgência.
6 – Um passo de cada vez
Evite fazer coisas mirabolantes no início, como ser suspenso por ganchos e outras práticas do gênero.
É arriscado para quem está começando e ainda não domina, e o corpo ainda não está preparado para suportar certas dores.

7 – Não aperte muito
Cuidado para não apertar demais.
Principalmente em áreas críticas, como o peito – para não prejudicar a respiração – ou órgãos vitais.

8 – Não abandone
Nunca deixe o dominado largada num quarto, amarrado ou amordaçado, sozinho, por qualquer período.
Afinal, ele pode passar mal, sufocar, ter algum problema grave e não vai haver ninguém para socorrer.
Mas se o dominador permanece no recinto, tudo bem manipular o tempo.

9 – Palavrinha mágica
Prática comum no universo sadomasô é o uso de uma senha combinada previamente.
Ao pronunciar a tal palavra escolhida, o dominador deve parar imediatamente. Evite escolher a palavra “pare” ou algo assim, pois é comum durante o bondage o escravo gritar “pare” e isso fizer parte do fetiche.
Escolha uma palavra bem insólita e marcante, tipo “manjedoura”.
O primeiro contato deve ser verbal.
Para saber onde ir”.

10 – Sem limites
Apesar de todos os cuidados, sempre é legal desafiar seus limites.
Vá testando e ultrapassando as barreiras.
Estender limites pode ser uma boa injeção de prazer na hora do ato em si.
E BOA PRÁTICA PARA VOCÊS.

.http://www.xxy.com.br/Sexo/materia.asp?id=1282

Um comentário:

  1. Para estabelecer e ultrapassar os limites, meu ex DONO tinha um critério: ficava olhando nos meus olhos. Ele dizia que toda submissa era chorona e que logo ia pedindo pra parar. Por isso, quando estava apertando meus mamilos, ele ficava me olhando. Lógico que eu chorava. Mas ELE ia até onde percebia que meus olhos estavam pedindo clemencia. Apertando devagarzinho e alternadamente, ELE ainda saboreava a minha dor.

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